[Resenha] Invincible

Concluída no última dia 30 a primeira temporada de Invincible, série animada da Amazon baseada na HQ homônima de Robert Kirkman (o criador de The Walking Dead), e já adianto aqui que ela foi uma das melhores coisas que apareceram em 2021. Invincible conta a trajetória de Mark Grayson (Steve Yeun), um adolescente que é filho do herói mais famoso e poderoso do mundo, o viltrumita Omni-Man (JK Simmons), e que, depois de muita expectativa da família, acaba descobrindo que possui superpoderes iguais ao pai. Aos poucos, Mark aprende a usar seus dons, com alguma ajuda do pai, e se torna também um herói com colante colorido, cujo nome é Invencível. A série conta com uma versão da Liga da Justiça da DC chamada de Guardiões Globais (Guardians of the Globe), a principal equipe de heróis do mundo, que conta com Omni-Man e trabalha para uma organização secreta chamada GDA (Agência de Defesa Global). Tudo parece muito perfeito e certinho neste mundo, repleto de super-heróis, vilões e super-equipes até o derradeiro final do primeiro episódio, um dos momentos mais chocantes das séries de TV (ou seria do streaming?).

Esmiuçando minhas impressões da série:

🤩 O que eu gostei:
Invincible não é só “mais um série de super-heróis”. Ela parece ser bem clichê no visual e nas nomenclaturas de seu universo, justamente para mostrar como seria um mundo repleto de heróis e vilões clássicos dos quadrinhos no mundo real, com todas suas fachadas, problemas e interesses pessoais, e nos brinda com uma trama divertida, empolgante, chocante e emocionante;
– AMO que os nomes das equipes — tanto de heróis como de vilões — e de alguns codinomes são aliterações (quando as palavras de um nome ou frase começam com a mesma letra ou sílaba), entre eles Guardiões Globais, Liga Lagarto, Teen Team (que em português ficou Time Jovem), Vento Vermelho (Red Rush) etc, numa clara homenagem ao Stan Lee, criador dos principais personagens da Marvel Comics e que usava aliterações nos nomes dos personagens para que ele sempre lembrasse ou do nome ou do sobrenome, que começariam com a mesma letra ou som, como Bruce Banner, Peter Parker, Scott Summers, Charles Xavier etc;
– O elenco de vozes da série é FENOMENAL. Só tem fera, entre eles Steven Yeun (The Walking Dead, Minari), J. K. Simmons (Oz, Homem-Aranha), Sandra Oh (Grey’s Anatomy, Killing Eve), Zachary Quinto (Heroes, Star Trek), Mark Hamill (Star Wars), Mahershala Ali (Luke Cage, Blade), e por aí vai;
– O traço da animação, além de lembrar os quadrinhos (que ainda não li), até que é boa;
– As reviravoltas na trama são fantásticas. Além da que acontece no final do primeiro episódio e do season finale, o meu preferido, que acontece num dos melhores da temporada, é a do episódio 5 (“That Actually Hurt”), que é uma aula de roteiro;
– Gosto como os personagens secundários foram bem desenvolvidos, como William (Andrew Rannells), o amigo gay de Mark, Amber (Zazie Beetz), o interesse romântico do protagonista, Eve (Gillian Jacobs), super-heroína e amiga de Mark, Debbie (Sandra Oh), mãe do herói, Cecil (Walton Goggins), o obscuro líder da GDA, só pra citar alguns, mostrando que a série não é só sobre o Invencível ou outros super-heróis principais;
– A destruição e sanguinolência do último episódio foram impressionantes e necessários. Inclusive o criador da série explica as escolhas deste episódio aqui.

😠 O que eu não gostei:
– A minha maior lamentação sobre Invincible é que a série DEVERIA ser um live-action mas, no fundo, eu entendo a escolha da Amazon, porque a história possui muitos monstros, constructos e poderes esdrúxulos que exigiriam uma fortuna para que ficassem convincentes com efeitos especiais e práticos e maquiagens, fora a sanguinolência (a série é muito violenta, estilo The Boys, e não é recomendada para crianças). Tá certo, o Jeff Bezos poupou dinheiro aqui pra torrar mais de US$ 400 milhões na série de O Senhor dos Anéis… As duas coisas não dava;
– Achei o episódio 6 (“You Look Kinda Dead”) chatinho, mas entendo que, apesar do ritmo lento e clichezão, teve importância na trama mais pra frente da temporada.

Invincible pode começar como uma série pouco original e inspirada, mas mesmo assim recomendo a que quem quiser assisti-la, comece com a mente aberta, pois a série melhora e muito conforme a temporada se desenrola. E a série fez tanto sucesso que, mesmo antes do season finale, a Amazon já confirmou as temporadas 2 e 3.

Notas da série (máxima 5):
Roteiro: ✏️✏️✏️✏️
Elenco: 👏👏👏👏👏
Visual: 💡💡💡💡
Diversão: 😄😄😄😄
Relevância: 💜💜💜💜
Nota Final: 4,2

Título original: “Invincible”.
Ano de estreia: 2021.
Criado e produzido por: Robert Kirkman, Seth Rogen, Evan Goldberg, Simon Racioppa, David Alpert e Catherine Winder.
Elenco: Steven Yeun, J. K. Simmons, Sandra Oh, Zachary Quinto, Zazie Beetz, Gillian Jacobs, Jason Mantzoukas, Seth Rogen, Mark Hamill, Ezra Miller, Mahershala Ali.
Duração: 8 episódios entre 40 e 50 minutos cada.

Um comentário em “[Resenha] Invincible

Adicione o seu

Deixe um comentário

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Acima ↑